Uma semana após a greve geral convocada pelas centrais sindicais do país, o metrô pode voltar a fazer uma paralisação na próxima sexta-feira (05/05). O motivo desta vez não é contra as reformas trabalhistas e da Previdência, e sim questões internas do Metrô. Nesta quinta-feira (04/05), uma nova assembleia de metroviários será convocada para discutir esta questão.
De acordo com o coordenador geral do sindicato dos metroviários, Wagner Fajardo, uma decisão da Justiça do Trabalho ocasionou em um aumento da jornada diária dos trabalhadores. De acordo com Wagner, anteriormente os trabalhadores faziam diariamente oito horas corridas de trabalho, com meia hora de descanso remunerado. “Durante essa meia hora, o trabalhador estava inclusive à disposição da empresa. Caso ocorresse um acidente, por exemplo, teria de voltar ao trabalho”, explica ele.
Com esta decisão judicial, os trabalhadores passam a fazer uma jornada de oito horas, mais uma hora de almoço. Na prática, os metroviários costumavam passar oito horas por dia no trabalho, e agora terão de ficar nove horas – sendo uma hora de descanso.
O sindicato afirma ainda que a companhia alterou o horário dos trabalhadores da manutenção noturna. De acordo com a entidade, os funcionários saiam do trabalho por volta das 5h30 e, agora, terão de deixar os postos por volta de 8h.
Se a greve for confirmada, deverão ser paralisadas as linhas 1-Azul (Jabaquara-Tucuruvi), 2-Verde (Vila Madalena-Vila Prudente), 3-Vermelha (Corinthians Itaquera-Palmeiras Barra Funda), 5-Lilás (Capão Redondo-Adolfo Pinheiro) e 15-Prata (Vila Prudente-Oratório). A linha 4-Amarela (Luz-Butantã), cujos trabalhadores não são organizados pelo Sindicato dos Metroviários, está fora da mobilização. Durante as mobilizações da greve geral, os metroviários pararam os serviços por 24 horas.