O número de beneficiários do Bolsa Família foi reduzido em 1,1 milhão desde o início do terceiro mandato do presidente Lula — na comparação entre dezembro de 2022 e janeiro de 2025. Os dados são públicos e disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS).
Além disso, a quantidade de famílias no programa social caiu em 61% das cidades: levantamento da CNN mostra que 3.412 dos 5.571 municípios brasileiros registram menos beneficiários hoje do que contabilizavam no último mês do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A maioria dos cortes se deve às suspeitas de fraudes. O governo federal tem implementado um “pente-fino” para identificar pagamentos indevidos. Até meados de 2024, o MDS havia encontrado 3,7 milhões de fraudes em programas sociais associados ao Cadastro Único (CadÚnico).
Em toda a região do Cimbaju a redução foi de mais de 10.560 beneficiários. Francisco Morato registrou o maior número de cortes com menos 4.222 cadastros, seguido por Cajamar com um corte de 2.650 famílias a menos. Em Franco da Rocha, a redução foi de 2.559 pessoas beneficiadas; Caieiras teve um corte de 717 cadastros e em Mairiporã foram 412 beneficiários a menos.
Para especialistas em contas públicas, o pente-fino implementado pelo governo é positivo, mas ainda há espaço para a gestão federal combater fraudes — de olho especialmente na pressão que o Bolsa Família tem levado ao Orçamento.
Quando ainda Auxílio Brasil, sob Jair Bolsonaro, o programa cresceu em beneficiários, mas também em valor pago, de R$ 200 para R$ 600. Esta combinação culminou na elevação dos gastos.
De 2008 até 2023, o gasto com o Bolsa Família subiu de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,5%, o equivalente a R$ 172,5 bilhões.





