O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu, nesta terça-feira (25), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, após uma breve reunião no Palácio do Planalto. Ela será substituída por Alexandre Padilha, atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais, dando início à esperada reforma ministerial do governo.
A decisão de Lula já era aguardada nos bastidores e ocorre em meio à queda de popularidade do governo. A mudança na Saúde tem como objetivo fortalecer a implementação de políticas públicas mais visíveis, como o programa Mais Acesso a Especialistas, que busca reduzir filas e ampliar exames e consultas especializadas pelo SUS.
A troca na Saúde faz parte de um movimento maior de reestruturação do primeiro escalão do governo. Com a saída de Padilha da Secretaria de Relações Institucionais, Lula deve promover novas mudanças para fortalecer a relação com o congresso.
Desta forma, a reforma também visa garantir governabilidade e apoio político para votações estratégicas, além de pavimentar alianças de olho nas eleições de 2026. A Saúde sempre foi um ministério disputado por partidos do centrão, devido ao grande volume de emendas parlamentares gerenciado pela pasta. Apesar da pressão, Lula decidiu manter um petista no comando, garantindo o controle da legenda sobre um setor considerado estratégico para sua gestão.
Em nota oficial, o Palácio do Planalto informou que Lula comunicou a Nísia a substituição na titularidade da pasta, que passou a ser ocupada pelo atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a partir da posse marcada para quinta-feira, dia 6 de março.
Mais cedo, Lula participou de evento ao lado de Nísia para comemorar uma pactuação de vacinas e anunciou a inclusão do imunizante da dengue do Instituto Butantan no SUS.
A cerimônia aconteceu no Planalto e foi marcada pelo silêncio do presidente e uma ministração ovacionada pelo público.





