Um grupo de cerca de 30 vendedores ambulantes, que atuam nos trens da linha 8 da CPTM, espancou cinco seguranças da empresa na estação Santa Terezinha, em Carapicuíba. As agressões começaram depois que os vigias fizeram apreensões de produtos que eram vendido nos vagões. Esse tipo de comércio é proibido no sistema. Os camelôs iniciaram a agressão ainda dentro de um dos vagões.
Depois, seguram com os espancamentos, incluindo paus e pedras, pela plataforma e até no meio de trilhos. Imagens de câmeras de segurança mostram que uma das vítimas foi agredida por 10 homens e levou chutes na cabeça. Foram cerca de 4 minutos de violência. Depois, todos fugiram. Alguns, inclusive, de trem. Mas quatro acabaram identificados e presos. Os vigilantes agredidos tiveram ferimentos leves e foram socorridos no Pronto-Socorro de Carapicuíba. Uma das vítimas teve machucados na cabeça.
A polícia descobriu que o ataque foi combinado por meio das redes sociais. Áudios revelam que foi armada uma “emboscada” no local. “Pegar um e arrebentar, parça. Quando a gente pegar e arrebentar com vontade mesmo… Mas com vontade. Não é só um, não. Pegar um bonde, arrebentar, mano. Aí sim, eles vão parar”, afirma um homem, não identificado, em gravada pelo WhatsApp, horas antes da agressão.
“Nós quer [sic] trabalhar. Nós quer [sic] só ganhar o nosso pão de cada dia. Vamos arrebentar eles, parça. Parar um dia aí só para quebrar guarda, só pra bater em guarda, parceiro. Um dia geral parar. Ninguém trabalha. Só bater em guarda. O dia todinho batendo em guarda”, completa o suspeito, no áudio.
Após o ataque, o governo do Estado afirmou que vai acionar a Policia Militar para reforçar o combate ao comércio ilegal dentro dos trens. “Estamos alinhando uma parceria com a Polícia Militar, buscando uma atividade delegada, que também possamos conseguir agentes e alguns policiais militares que nos ajudem principalmente nessas estações para que possa coibir, para acabar com os comerciantes ilegais”, afirmou o secretário de Transportes, Alexandre Baldy, ao Bom Dia São Paulo, da Rede Globo.
Quatro agressores foram reconhecidos pelos vigilantes e levados ao 1º DP, mas negaram envolvimento no caso.