Gabriel de Oliveira Vieira, de 32 anos, foi detido pela Polícia Civil de São Paulo nesta segunda-feira (25) por suspeita de envolvimento na emboscada contra torcedores da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, que resultou na morte de José Victor Miranda, em outubro de 2024, na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã.
Segundo as investigações, Gabriel, integrante da Mancha Alviverde, teria transportado barras de ferro utilizadas no ataque, que deixou 17 pessoas feridas. Ele não tinha antecedentes criminais até o momento. A prisão faz parte da terceira fase da operação policial, que já identificou 43 envolvidos e prendeu 26 suspeitos.
Após o crime, a Justiça havia decretado a prisão de seis membros da organizada, incluindo o presidente Jorge Luiz Sampaio e o vice Felipe Mattos dos Santos, conhecido como “Fezinho”. As apurações indicam que Jorge Luiz estava presente durante a emboscada.
O nome de Gabriel também aparece em outro incidente: no último dia 10 de agosto, ele teria participado de um ataque ao Centro de Treinamento do Palmeiras, na Barra Funda, em São Paulo, junto a outros indivíduos mascarados. O local foi atingido por bombas e rojões, e o clube registrou boletim de ocorrência com imagens de segurança fornecidas à Polícia.
O ataque que motivou a prisão de Gabriel ocorreu na madrugada de 27 de outubro de 2024, quando torcedores do Cruzeiro retornavam de Curitiba após partida contra o Athletico-PR. Cerca de 120 palmeirenses teriam participado da emboscada, usando armas de fogo, barras de ferro e pedaços de madeira. Dois ônibus foram incendiados e sete cruzeirenses sofreram traumatismo craniano. Os feridos foram levados a hospitais de Mairiporã e Franco da Rocha, e a rodovia precisou ser interditada por mais de uma hora.
Em nota, o Cruzeiro lamentou a morte do torcedor e pediu punição rigorosa aos envolvidos. O Palmeiras repudiou o episódio e afirmou que o futebol “não pode ser usado como justificativa para violência e mortes”.