A Sabesp inicia nesta segunda-feira (22) a ampliação do período de redução da pressão da água na Grande São Paulo, que passa de oito para dez horas diárias, ocorrendo das 19h às 5h. A medida tem como objetivo economizar água e proteger os reservatórios que abastecem a região, diante do baixo volume de chuvas e da escassez nos mananciais.
Desde 27 de agosto, a pressão já vinha sendo reduzida diariamente das 21h às 5h, conforme recomendação da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp). Com a ampliação, imóveis localizados em áreas mais altas ou afastadas do centro podem ficar totalmente sem água durante parte da noite.
Durante o dia, a Sabesp mantém a pressão em níveis que garantam o abastecimento a todos os usuários. A companhia reforça que imóveis com caixas-d’água conectadas sentem menos os efeitos da redução e lembra a importância do uso consciente da água.
Segundo o governo estadual, a primeira fase da redução permitiu economizar 4,2 m³/s, volume suficiente para abastecer mais de 800 mil pessoas por um mês – equivalente à população de cidades como São Bernardo do Campo.
“Embora a medida tenha ajudado a evitar uma queda mais acentuada nos mananciais, as chuvas abaixo do esperado e os eventos climáticos recentes exigiram a ampliação do período para recuperação dos reservatórios”, informou o governo.
Dados do Comitê de Integração das Agências para a Segurança Hídrica, formado por Arsesp e SP Águas, indicam que o sistema de abastecimento da região operava na última sexta-feira com 32,8% do volume útil, 7,7 pontos percentuais abaixo do registrado em 2021. Os sistemas Cantareira e Alto Tietê, que respondem por cerca de 80% da capacidade, tinham 30,3% e 26,1% de armazenamento, respectivamente, com média de queda de 0,26% ao dia na última semana.