A Rodovia Presidente Tancredo de Almeida Neves (SP-332) tem sido apelidada de “Rodovia da Morte” pelos usuários que convivem diariamente com sua insegurança. A estrada, que corta cidades como Francisco Morato, Franco da Rocha, Caieiras e Jundiaí, acumula um histórico de graves acidentes, muitos deles fatais, em um cenário que reflete a precariedade de sua infraestrutura: falta de monitoramento por câmeras, ausência de radares e pistas com apenas uma faixa para cada sentido.
Após a repercussão de diversas tragédias em sequência, o Cidade Repórter entrou em contato com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) que informou que está desenvolvendo o projeto executivo de duplicação da SP-332, abrangendo o trecho do km 26 ao km 59,3. A previsão de término do projeto é julho de 2025.
A demora custa vidas
A duplicação da rodovia e a instalação de separadores físicos são medidas aguardadas há anos. Apesar de finalmente estar no papel, a previsão de conclusão do projeto executivo para 2025 levanta questionamentos. “Quantas vidas mais serão perdidas até que o DER tome providências efetivas?”, indagam usuários nas redes sociais.
Além disso, o órgão anunciou a instalação de sete câmeras de monitoramento e 14 radares ao longo do trajeto. No entanto, a ausência de um prazo específico para essas intervenções gera críticas, já que ações paliativas poderiam reduzir significativamente os riscos enquanto o projeto de duplicação não sai do papel.
Estrutura Precária
Hoje, a SP-332 apresenta um perfil incompatível com seu fluxo de veículos e a relevância regional. As principais falhas incluem:
- Falta de duplicação: grande parte da rodovia conta com apenas uma faixa por sentido, o que aumenta os riscos de colisões frontais.
- Ausência de guardrails: a inexistência de separadores físicos permite acidentes graves, especialmente em trechos com alta velocidade.
- Sem monitoramento ou radares: a fiscalização ineficiente agrava práticas de direção perigosa, como excesso de velocidade e ultrapassagens indevidas.
Promessas do DER
Em nota ao Cidade Repórter, o DER informou que o projeto executivo de duplicação prevê a instalação de separadores físicos do tipo barreira rígida dupla de concreto. Além disso, o órgão prometeu instalar equipamentos de monitoramento e radares, embora sem especificar prazos para sua execução.
Pressão por respostas
Enquanto o DER garante que as obras estão sendo planejadas, a realidade da SP-332 continua a desafiar motoristas, pedestres e familiares das vítimas. Moradores das cidades impactadas pedem agilidade e transparência na execução das melhorias.
Para muitos, a falta de ações imediatas reforça a sensação de descaso com a segurança dos milhares de usuários que dependem da rodovia. Até que as mudanças prometidas saiam do papel, a SP-332 permanece fiel ao seu apelido trágico: a “Rodovia da Morte”.
O Cidade Repórter continuará acompanhando o caso e cobrando ações efetivas para mudar a realidade da SP-332.