A demanda elevada e a oferta restrita de ovos no mercado têm feito o preço da proteína saltar na distribuição entre fornecedores e o varejo, alertou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) em nota.
A Abras disse que segue monitorando o cenário de inflação generalizada dos alimentos e chama atenção para o fato de que reajustes como este podem acabar impactando o consumo.
Na região metropolitana de São Paulo, houve um aumento nos preços dos ovos de 45,2% no caso dos brancos e de 46,2% para os vermelhos.
“As empresas iniciaram a programação de abastecimento das lojas para atender à demanda sazonal da Quaresma, mas a restrição na oferta e os aumentos sucessivos de preços preocupam os supermercados”, escreveu Marcio Milan, vice-presidente da Abras.
“Além disso, o consumidor também tem recorrido mais aos ovos de galinha devido à alta dos preços das demais proteínas.”
O impacto para o bolso do consumidor vai além do reajuste de preços em si, mas vai também à perda de custo benefício do produto.
A Abras aponta que os consumidores também enfrentam uma redução no tamanho dos ovos, após portaria da da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária ter aprovado nova classificação que diminuiu o peso médio do produto em quase 10 gramas por unidade.
Uma das razões que pode estar associada à alta dos preços do Brasil é o surto de gripe aviária nos Estados Unidos. Para tentar conter a doença, os produtores sacrificaram 41 milhões de aves em janeiro de 2025 e dezembro de 2024. Com isso, caiu a produção interna e cresceu a demanda para o mercado.