A Polícia Civil de Goiás está investigando um grupo criminoso suspeito de aplicar fraudes eletrônicas conhecidas como “golpe das missões”, e uma das localidades envolvidas nas investigações é Francisco Morato. A operação, que abrange várias cidades de São Paulo, já causou prejuízos estimados em R$ 500 mil.
O esquema consiste em enganar as vítimas com promessas de dinheiro fácil, oferecendo até pequenos pagamentos iniciais para ganhar a confiança delas. As vítimas eram então encarregadas de “missões”, como seguir pessoas nas redes sociais, curtir publicações ou deixar avaliações positivas sobre empresas no Google. Esses atos alimentavam um ciclo vicioso, onde as vítimas eram incentivadas a investir mais para tentar recuperar o dinheiro perdido.
A polícia descobriu que os criminosos usavam diversas estratégias para dificultar o rastreamento dos valores, como abrir múltiplas contas bancárias em diferentes instituições e criar empresas de fachada para disfarçar a origem do dinheiro. Uma das empresas envolvidas foi registrada com um capital social de R$ 6 milhões e possuía diversas outras empresas no exterior.
A operação investiga também o envolvimento de empresas em São Paulo, incluindo Francisco Morato, e outras cidades como Embu das Artes, Guarulhos, Itapevi, Diadema e Ferraz de Vasconcelos. Até o momento, 12 pessoas foram presas, e a operação busca cumprir 68 mandados judiciais.
As investigações apontam que as vítimas do golpe não só perderam dinheiro, mas também foram manipuladas por técnicas avançadas de engenharia social, com transferências financeiras realizadas sob o pretexto de “segurança de conta”. O golpe tem afetado não apenas moradores de São Paulo, mas também outras partes do Brasil