O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) investiga desvio de recursos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Caieiras.
O valor seria destinado à construção de um novo prédio para a associação que cuida de crianças com necessidades especiais. Segundo o relatório do MP, a obra iniciou em 2019 em um terreno doado pela prefeitura de Caieiras.
No entanto, o prazo previsto para a entrega do prédio terminou em 2022 e o esqueleto do edifício se tornou uma obra abandonada na cidade. Os recursos para a construção tiveram origem em uma multa imposta pela vigilância sanitária do estado à empresa Bifarma, no valor de mais de R$ 3,5 milhões.
No total, a empresa já fez o repasse de mais de R$ 1,3 milhão à APAE, dos quais somente R$ 730 mil foram realmente gastos na construção da nova sede, apontando um desvio de mais de R$ 620 mil.
Ainda segundo relatório do MP, quem assinou o recebimento dos recursos foi a vereadora de Caieiras, Renata Lima, que na época era presidente da APAE.
Em nota, a APAE de Caieiras confirmou que tem conhecimento da investigação do Ministério Público e que está investigando se houve desvios. A vereadora Renata Lima ainda não se manifestou sobre o caso.