Silvia Grecco, mãe do menino palmeirense Nickollas Grecco, representou o Brasil na cerimônia de premiação Fifa The Best, que consagra os melhores da temporada no cenário futebolístico mundial.
Silvia e Nickollas foram indicados à categoria de Fifa Fan Award, que premia os melhores torcedores, depois que sua história ficou conhecida em todo o Brasil. A palmeirense narra as partidas do time do coração para o filho, deficiente visual e de espectro autista. Assim, o garoto pode acompanhar lance a lance e vibrar junto com a torcida.
A cena, captada pela primeira vez pelas lentes das câmeras da Globo durante uma partida no Allianz Parque, fez sucesso e comoveu, agora, não só o país, mas todo o mundo.
A família também virou tema do primeiro capítulo da série “Sheroes”, produzida pela Fifa. “She” e “heroes”, que significam “ela” e “heróis”, conta história de mulheres que inspiram outras, através do futebol. A produção está disponível no canal de YouTube da Fifa.
Junto com Silvia, concorreram ao prêmio, Justo Sánchez, uruguaio fã do Cerro que passou a acompanhar os jogos do rival Rampla Juniors em homenagem ao filho falecido, e a torcida holandesa pela festa na Copa do Mundo feminina.
Veja o discurso de Silvia Grecco:
Boa noite a todos. Eu gostaria de compartilhar esse prêmio com o senhor Justo Sanchez, que também tem uma linda história de amor com o filho dele. Sinta-se também homenageado, senhor Justo.
Nicolas, aqui na frente, tem uma plateia com muitas pessoas. Muitos jogadores, muitos ídolos, jogadores brasileiros. Nós estamos aqui representando nosso time, o Palmeiras. Nós estamos aqui representando todos os torcedores do Brasil. Estamos representando todos os torcedores do mundo. Todos aqueles que torcem pela pessoa com deficiência.
O futebol pode transformar a vida dessas pessoas. É muito amor, é muita dedicação. E o simples gesto de eu narrar os jogos para o meu filho tivemos a oportunidade de um jornalista brasileiro da TV Globo, Marco Aurélio Souza. Ele nos viu com os olhos e nos enxergou com o coração. E aí a nossa história rodou o mundo. Agradeço muito a Fifa por esta indicação e, por hoje, eu poder falar para o mundo do futebol que a pessoa com deficiência existe, que ela precisa ser amada, respeitada e incluída.
Obrigado, Deus, por me permitir ser ponte e hoje representar não só meu filho, mas todos do mundo que tenha alguma deficiência e que precisa de uma oportunidade. Obrigada!