Um morador da cidade de São Luís, no Maranhão, está enfrentando problemas para provar que está vivo após descobrir que o cartório de Francisco Morato registrou sua certidão de óbito.
Giovenilton Cunha Serra diz que nunca pisou em Morato, quanto menos no estado de São Paulo, mas em razão do registro de óbito, teve suas contas bloqueadas e há mais de um ano não consegue sequer sacar o próprio salário no banco, emitir documentos ou resolver questões burocráticas do dia a dia.
Segundo consta na certidão de óbito, expedida no dia 8 de maio de 2023, Giovenilton teria falecido em um hospital da cidade de Osasco após sofrer um “acidente vascular encefálico hemorrágico, insuficiência renal aguda e choque séptico”.
No atestado de óbito consta que ele não tinha filhos e nem bens, e morava na rua Leme, no bairro Vila Suíça, em Morato. As informações contidas no atestado diferem completamente da vida de Giovenilton, que já foi casado e tem dois filhos.
Embora uma decisão judicial tenha anulado a certidão de óbito, o problema persiste. Há cerca de 20 dias, seu CPF foi bloqueado novamente. O advogado do maranhense, Dr. Márcio, explicou que, apesar de o nome do cliente ter sido restabelecido em alguns órgãos, ele ainda consta como morto na Justiça Eleitoral.
Tenho dois filhos, contas para pagar, alimentação de casa, transporte e não posso fazer absolutamente nada. Está tudo retido, e agora tenho que provar que estou vivo. O certo era eles provarem que estou morto”, relata Giovenilton inconformado.





