No dia 20 de novembro, uma criança de três anos veio a óbito na UPA de Franco da Rocha, após a mãe, ir com ela quatro vezes na mesma semana para o hospital, três delas, na UPA da cidade, com a criança doente.
De acordo com Karen Dantas, mãe da Antonella Dantas, no dia 12/11 foi a primeira ida com a filha Antonella de 3 anos na UPA de Franco da Rocha, ela estava sentindo tosse e febre, segundo a mãe, o médico examinou, passou a medicação e mandou voltar para casa. Três dias depois (15), a menina completou 3 anos.
Na manhã do dia 16, Antonella acordou com febre alta e Karen decidiu levá-la novamente a UPA de Franco da Rocha, o pediatra que a atendeu mudou a medicação e mandou novamente a paciente para a casa.
No 18 de novembro, Antonella não havia melhorado e Karen levou a filha para o hospital em Caieiras, lá, segundo ela, o médico mandou continuar com a medicação orientada em Franco da Rocha, e receitou que fosse feita inalação na criança.
No dia seguinte, Karen viu que sua filha não melhorou, e a levou novamente para a UPA de Franco da Rocha, segundo a mãe, o pediatra que a examinou, viu que a respiração da criança estava fraca e a colocou no oxigênio. Foi realizado um exame onde foi constatado pneumonia. O médico solicitou a internação da criança e também a transferência para um hospital que tivesse mais recursos para os cuidados da criança. Antonella e a mãe estavam na parte de baixo da UPA de Franco da Rocha.
Houve a troca de plantão, Karen precisou sair e o pai foi ficar com a filha na observação. Neste momento, uma das enfermeiras, trocou a criança de quarto, ela foi levada para a parte de cima do prédio da UPA, nesse meio tempo, Antonella ficou fora do oxigênio, mesmo com a recomendação médica de que a criança não podia sair do mesmo. A mãe voltou e viu que devido a isso a saturação da filha havia abaixado de 99 para 85.
Era por volta das 2:15 da manhã, uma faxineira do hospital acendeu as luzes e Karen percebeu que a sua filha estava roxa e gelada, no desespero ela saiu correndo pedindo ajuda pelo hospital, mas já era tarde, a filha teve uma parada cardíaca e veio a óbito.
Karen está completamente devastada com a perca da sua filha que tinha feito três anos, cinco dias antes de falecer. Ela se sente indignada e conta que se fosse realizado um exame de raio-x desde o primeiro dia, sua filha estaria viva.
“ Lá é assim você entra, o médico só fala assim, toma mãezinha um paracetamol e cuida em casa… está um descaso essa UPA de Franco, e se para eles morreu tanto faz, não é a família deles mesmo, então eu vou atrás de justiça para a minha filha. Não tem cabimento, minha filha era uma criança saudável, dia 15 foi aniversário dela, eu enterrei ela dia 20, se os primeiros médicos tivessem pedido um raio-x, talvez hoje eu estaria com a minha filha em casa”
Ela ainda informa que irá entrar com uma ação contra a UPA de Franco da Rocha, por negligência médica.
O Cidade Repórter procurou a Prefeitura de Franco da Rocha, que em nota informou que quando foi constatado o agravamento da condição da criança, o médico orientou internação e imediatamente solicitou a vaga no sistema Cross, que regula as transferências para hospitais de referência em todo o estado. Infelizmente, a vaga não foi liberada a tempo.
O órgão ainda ressalta “As circunstâncias da morte, bem como as condutas dos profissionais que atenderam a Antonella, estão sendo apuradas pela comissão de ética médica da unidade.”
A Prefeitura informa que se solidariza com os familiares e toda a equipe de profissionais da UPA permanece à disposição da família para acolher as dúvidas e esclarecer a situação.
A UPA de Franco da Rocha é uma vergonha, se procurarem a fundo, vão ver que há muito mais casos de negligência e mortes.
Dia 19 de março, faz 3 meses que minha prima morreu, foi para o hospital andando, tomou medicação, teve uma parada cardíaca e não resistiu (nunca apresentou alergia a nenhum medicamento).
Nada do laudo sair (previsto para até 30 dias), nada de informarem o que houve, boletim aberto e solução nunca chega, sempre demora e enrolação.
Infelizmente nada acontece, essa é a realidade.