Uma criança de 11 anos foi amarrada a um poste e agredida com socos, chutes e puxões de cabelo na terça-feira (16), em Várzea Paulista. A agressão foi registrada em vídeo que circulou nas redes sociais e motivou investigação da Polícia Civil por tortura.
Nas imagens, a vítima aparece com as mãos amarradas para trás enquanto dois adolescentes praticam as agressões. Uma mulher de 51 anos, que gravava o vídeo, incentiva os atos. “Eu não posso bater (…) Está apanhando igual um cachorro. Vocês são de menor, vocês podem bater que eu me responsabilizo”, diz ela no registro.
Após investigação, a mulher foi presa na manhã desta quinta-feira (18), e a filha dela, de 16 anos, foi apreendida. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) havia solicitado a prisão da adulta e a internação da adolescente na quarta-feira (17), citando a gravidade do crime e a apologia à violência.
Em depoimento, a mulher alegou arrependimento e afirmou que a ação foi “coisa de momento”. A promotora criminal Julia Alves Camargo destacou que a divulgação do vídeo e a incitação à violência contra a criança agravaram o caso.
Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde do menino, nem a localização da vítima e de sua família. A OAB de Várzea Paulista acompanha o caso, classificando-o como de “grande clamor social” e lamentando a falha na proteção dos menores.
O inquérito segue em andamento, e o caso permanece sob investigação da Polícia Civil como tortura.