A ceia de Natal deste ano pesará mais no bolso dos brasileiros. A cesta de Natal registrou uma inflação de 7,7%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado nesta terça-feira (17) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O preço médio da cesta subiu de R$ 402,45 em dezembro de 2023 para R$ 433,42 no mesmo período de 2024.
O aumento nos preços da cesta superou a inflação acumulada geral do período, que ficou em 4,33% até novembro. Segundo Guilherme Moreira, coordenador do IPC-Fipe, as carnes e frutas foram os maiores responsáveis pela alta.
Principais aumentos
Entre os 15 itens da cesta analisados, o lombo de porco com osso foi o destaque, com alta de 25,98%, seguido pelo azeite de oliva extra virgem, que subiu 21,47%. Outros itens também apresentaram aumentos significativos:
- Suco de néctar de laranja: +20,35%
- Palmito inteiro: +9,92%
- Bombom: +9,27%
Frutas típicas do período natalino também sofreram reajustes expressivos, como a uva (+20%) e o pêssego (+18,96%).
Por outro lado, alguns produtos tiveram aumentos mais modestos, como o panetone (+0,59%) e o peru (+0,16%), que não impactaram tanto no valor total da cesta.
Outros itens consumidos no Natal
Além da cesta tradicional, a pesquisa analisou alimentos que costumam ter maior consumo na época, mas não fazem parte da cesta pronta. Entre eles, o pernil com osso foi o que mais subiu, com alta de 28,62%, seguido por cortes nobres como o filé mignon (+24,25%) e a picanha (+20,75%).
Já a farofa foi o único item analisado a registrar queda, com redução de 6,5% nos preços.
Impactos no aumento dos preços
Guilherme Moreira explicou que o aumento está relacionado a fatores climáticos e à desvalorização do real em relação ao dólar. “A seca de setembro e as ondas de calor no final de 2023 afetaram diretamente a produção. Além disso, a desvalorização cambial de quase 25% impactou tanto alimentos importados quanto o custo de produção interno”, afirmou.
Como os brasileiros estão sentindo o impacto
Com o aumento dos preços, as famílias precisarão ajustar o orçamento ou buscar alternativas para compor a ceia. Itens mais baratos, como farofas ou substitutos para cortes nobres, podem ajudar a equilibrar os gastos.
Apesar dos desafios, especialistas recomendam planejamento para que as festividades não fiquem comprometidas. Além disso, a expectativa é que promoções próximas ao Natal possam ajudar os consumidores a economizar.





