A Câmara dos Deputados registrou em 2024 o menor número de dias trabalhados em plenário dos últimos anos. Até o momento, foram apenas 62 dias de trabalho efetivo, representando uma queda de 27% em relação ao mesmo período de 2023. Esse recorde de folgas foi impulsionado por eleições, feriados prolongados, e viagens parlamentares.
O baixo número de sessões de votação coincidiu com diversas viagens internacionais de comitivas, períodos de recesso extraoficial, e feriados estendidos, como o Carnaval. Desde o início do ano legislativo, em fevereiro, a Câmara acumulou nove semanas sem votações em plenário, além do recesso oficial de julho, que ocorre entre os dias 18 e 31.
Em agosto, mais duas semanas de recesso extra foram registradas, em parte devido ao prazo para realização de convenções partidárias. Posteriormente, a partir de 16 de agosto, o início da campanha eleitoral e as duas semanas que antecederam o primeiro turno contribuíram para novas folgas.
A definição da agenda de votações cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que encerrará seu mandato em janeiro. Até o momento, a assessoria da presidência da Casa não comentou sobre a redução no número de dias de trabalho no plenário.