Sob intensa pressão da população e de figuras políticas, como o ex-prefeito Gersinho Romero, a vereadora Josie Dartora e os deputados Kiko Celeguim e Maurici, o prefeito de Caieiras Gilmar Lagoinha revogou a controversa lei que abrir espaço para a construção de uma pedreira no município. A informação foi declarada durante a reportagem da TV Globo.
Essa legislação aprovada pelos vereadores, alterou significativamente o mapa de zoneamento da cidade, transformando uma área designada como de preservação ambiental em zona destinada à indústria, comércio e serviços.
Essa mudança abriria caminho para a instalação de uma pedreira na Fazenda Santa Luzia, entre os bairros Laranjeiras, Jardim dos Abreus, e Alpes.
O que surpreendeu a todos foi que a alteração da lei aconteceu sem nenhum conhecimento da população, como a realização de audiências públicas, que deveriam ser realizadas nesse caso devido o grande impacto ambiental na construção de uma pedreira.
Moradores dos arredores da Fazenda Luiza realizaram um abaixo assinado contra a instalação da pedreira, onde já somam mais de 3 mil assinaturas.
Moradores questionam do porque a câmara de vereadores alterou uma lei sem o consentimento da população, e também cobram a prefeitura e o prefeito da cidade, já que o Secretário de Obras e Meio Ambiente de Caieiras, dois meses antes da alteração da lei, emitiu uma certidão de uso do solo permitindo a atividade de mineração na área onde se pretendia instalar a pedreira.
Vale destacar que Caieiras também possuía uma lei municipal de 2020 que proibia a concessão de novas pedreiras. Lei essa que também foi revogada pelos vereadores em 2022.
O prefeito de Caieiras Gilmar Lagoinha publicou um vídeo dizendo ser contra a pedreira. Mas não explicou o motivo do Secretário de Obras e Meio Ambiente ter emitido uma certidão de uso do solo permitindo a atividade de mineração na área da Fazenda Santa Luzia.
Após tanta presão da população, o Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu uma liminar suspendendo as alterações da lei realizada pelos vereadores de Caieiras.
Agora com a revogação da lei pela Prefeitura de Caieiras, o projeto volta para a câmara municipal, onde deverá ser reavaliado.
Em nota a TV Globo, o presidente da Câmara de Caieiras Fabrício Calandrini, informou que está em tratativas com o Ministério Público, CETESB, entidades sociais e associações dos bairros de Caieiras sobre o caso.