A cada hora quatro motos são furtadas ou roubadas no estado de São Paulo, aponta um levantamento realizado pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) em parceria com a empresa de rastreamento Tracker, a partir de dados de boletins de ocorrência registrados pela Polícia Civil.
Segundo o estudo, no ano passado, 38.039 motos foram levadas por ladrões em municípios paulistas. O número é 7,2% maior que os 35.465 registros de 2023.
A alta é alavancada pelos furtos, que cresceram 11% entre os períodos comparados, foram de 24.423 casos para 27.283. Os roubos somam 10.756 casos em 2024, com diminuição de 2,59% em relação às 11.042 queixas em 2023.
Os municípios com mais casos de furto e roubo de moto são São Paulo, Campinas, Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo, Santo André, Sorocaba, Santos, Diadema e Ribeirão Preto.
Já entre os bairros, Santana (zona norte), Santo Amaro (zona sul), Ipiranga (zona sul), Bela Vista (centro), Vila Prudente (zona leste), Mooca (zona leste), Lapa (zona oeste), Vila Mariana (zona sul), Capão Redondo (zona sul) e Grajaú (zona sul) ficam no tipo da lista.
Modelos
As motos de baixa cilindrada são as mais roubadas e furtadas. A pesquisa mostra que, das 30 motocicletas mais furtadas e roubadas, 29 são de fabricantes japonesas e todas têm até 300 cilindradas. Dentre os modelos mais visados pelos criminosos, segundo o estudo, estão a Honda CG 150 Titan ES, a Yamaha XT 250 Ténéré e a Honda Lead 110.
Mercado ilegal de peças
Segundo especialistas da Tracker, esses modelos que lideram a lista de furto e roubo combinam desempenho e versatilidade, tornando-as atrativas “não apenas aos motociclistas, mas também para o mercado ilegal de peças, aumentando sua vulnerabilidade a esse tipo de crime”.