Balanço da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), que engloba 31 sindicatos, mostra que paralisação atinge os estados do Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo (regiões de Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Santos e Vale do Paraíba), além do Distrito Federal. Roraima ainda não se decidiu.
Amazonas, Amapá e Sergipe estão em estado de greve, segundo a Fentect. Isso quer dizer que a qualquer momento os sindicatos podem decidir pela paralisação.
Além da Fentect , outra federação representa os trabalhadores da categoria, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), que tem cinco sindicados filiados. Todos aderiram à greve: São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Tocantins e Bauru (SP).
As agências franqueadas não estão participando da greve, mas elas representam cerca de 15% do total.
Em Francisco Morato quatro funcionários não aderiram a greve.
Reivindicações
Entre as razões para a greve estão plano de carreira e retirada de benefícios. Veja abaixo:
- alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários
- cobrança de mensalidades e retirada de dependentes do plano de saúde
- suspensão de férias a partir de abril para cargos de carteiros, atendentes e operadores de cargas
- redução da carga horária e do salário de funcionários da área administrativa
- extinção do cargo de operador de triagem e transbordo (responsável pelo processo de tratamento e encaminhamento de cartas e encomendas)
- fechamento de mais de 2.500 agências próprias por todo o Brasil
- não realização de concurso público d
esde 2011 e planos de demissão voluntária, que reduziram o número de funcionários
Segundo os Correios, a questão do plano de saúde foi discutida “exaustivamente” com as representações dos trabalhadores, tanto no âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho e que, após diversas tentativas sem sucesso, a forma de custeio segue para julgamento pelo TST.
A empresa aguarda uma decisão conclusiva para tomar as medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com os custos.
Fonte: G1