O ex-ministro José Dirceu afirmou na última sexta-feira (5), durante a realização do 8º Congresso Nacional do PT em Brasília, que tem a intuição de que o Brasil está prestes a vivenciar um “momento revolucionário”. Em seu discurso para a militância, o petista ressaltou que a principal dúvida reside na capacidade atual do partido de estar preparado para enfrentar essa nova conjuntura política.
Dirceu questionou se a legenda conseguirá aprovar, durante o congresso, as mudanças estatutárias e de estrutura interna necessárias para responder ao que ele classificou como um “risco de guerra”. Segundo o ex-ministro, o desafio vai além do cenário doméstico, citando uma possível tentativa de intervenção dos Estados Unidos na soberania brasileira.
Ao abordar o cenário eleitoral, Dirceu declarou que a reformulação do partido e a redefinição de seu programa são questões de sobrevivência para o país. Ele argumentou que o desafio não se limita a evitar retrocessos políticos ou repressões semelhantes às temidas em 2022, mas sim impedir que vontades externas sejam impostas sobre a nação caso haja uma derrota para a direita.
Para o ex-ministro, o caminho para essa revolução passa, obrigatoriamente, pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele destacou que a responsabilidade do grupo político envolve também frear o que chamou de “degradação” do Congresso Nacional e assumir a defesa da democracia e da soberania, tarefas que, na sua visão, foram abandonadas pela elite brasileira.






