O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (23) um conjunto de medidas emergenciais voltadas a 56 cidades atingidas pelas chuvas intensas e ventos fortes registrados entre domingo (21) e segunda-feira (22). O pacote inclui o envio de telhas para imóveis danificados, distribuição de cestas básicas e kits de higiene, além de suporte técnico e jurídico para a formalização da situação de emergência. Equipes também foram mobilizadas para recuperar serviços essenciais.
Durante encontro com prefeitos no Palácio dos Bandeirantes, o governador Tarcísio de Freitas afirmou que o Estado fará “um esforço concentrado” para atender famílias desalojadas e reparar danos em escolas e unidades de saúde.
As tempestades, que chegaram a registrar rajadas de vento acima de 90 km/h, provocaram quedas de árvores, destelhamentos e falhas no fornecimento de energia em diversas regiões, incluindo a capital, o litoral e o interior. De acordo com a Defesa Civil, o balanço preliminar aponta 25 feridos, 15 desabrigados e 33 desalojados. Não há registros de mortes ou desaparecidos.
Para agilizar o restabelecimento da energia elétrica, foi acionado o gabinete de crise estadual, com acompanhamento da Arsesp e da Aneel em relação ao trabalho das concessionárias. Até o fim da tarde de terça-feira, nove municípios ainda tinham mais de 10% da população sem luz, entre eles Jumirim (29,3%), Ubirajara (17,7%) e Gabriel Monteiro (17,3%).
A Secretaria de Administração Penitenciária também entrou na operação, colocando reeducandos do regime semiaberto à disposição para ajudar na limpeza das cidades e na retirada de entulhos. Já as áreas da saúde e da educação terão atenção especial: hospitais, escolas e creches estão entre as prioridades, segundo o governo. A Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) e a Secretaria da Saúde foram mobilizadas para garantir o funcionamento dos serviços, incluindo abastecimento de medicamentos e eventual transferência de pacientes.
O coordenador da Defesa Civil, coronel Henguel Pereira, destacou que os eventos são reflexo das mudanças climáticas no estado. “Não temos como controlar a natureza, mas a resposta precisa ser rápida”, afirmou.