A Delegacia de Defesa da Mulher de Francisco Morato deu um passo significativo no enfrentamento da violência contra a mulher ao prender, nesta quinta-feira (7), o zelador de uma escola estadual condenado a 23 anos e 4 meses de prisão por estupro de vulnerável. O crime aconteceu em 2020, e a sentença transitou em julgado neste ano de 2025. Essa prisão integra a Operação Shamar, realizada em todo o estado de São Paulo durante o Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização e combate à violência contra a mulher.
Nos últimos sete meses, a delegacia de Morato conseguiu capturar mais de 60 pessoas que estavam foragidas da Justiça, demonstrando o comprometimento local com a segurança das vítimas e a responsabilização dos agressores. A Operação Shamar mobilizou cerca de 2,2 mil policiais civis, envolvendo equipes das Delegacias de Defesa da Mulher, unidades especializadas e delegacias distritais, com o objetivo de cumprir mais de mil mandados de prisão contra autores de violência doméstica, familiar e sexual em todo o estado.
Somente nesta quinta-feira, 355 agressores foram presos em ações simultâneas nas diferentes regiões de São Paulo. A operação é coordenada pelo Ministério da Justiça, com o apoio da Polícia Militar e outras forças de segurança.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou a relevância da ação: “Essa foi uma das maiores ações já realizadas com esse foco, reiterando o compromisso do Governo do Estado e da Segurança Pública no combate à violência contra a mulher e dando todo o suporte necessário à vítima no momento em que ela mais precisa”.
Além das prisões, o uso de tornozeleiras eletrônicas tem sido essencial para o monitoramento dos condenados por violência doméstica. Na capital paulista, esses agressores são acompanhados em tempo real pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), o que permite uma resposta rápida em caso de descumprimento das medidas protetivas.
A delegada Adriana Liporoni, que coordena as Delegacias de Defesa da Mulher, ressaltou: “A operação é uma resposta da Polícia Civil aos crimes de violência doméstica. Estamos unindo forças para mostrar que a mulher não está sozinha e que o estado está ao seu lado para protegê-la”.