Em sessão do Tribunal do Júri realizada nesta terça-feira (26/11), um homem denunciado pelo MPSP após cometer uma chacina em Mairiporã foi condenado a 94 anos de prisão em regime fechado. Ele respondeu por três homicídios triplamente qualificados e duas tentativas de homicídios também com três qualificadoras, além de incêndio.
Conforme os autos, o réu invadiu o sítio de propriedade da família das vítimas, no período da madrugada, em razão de desavenças com os vizinhos. Havia no terreno três casas, sendo uma delas ocupada por dois idosos, outra por um casal de adultos formado pela filha da idosa com seu companheiro e a terceira pelo neto da idosa com a esposa e duas crianças. O criminoso usava roupa de proteção química, máscara, botas e luvas, munido com faca, marreta, besta, galões de combustível e objetos para iniciar fogo. Ele matou os dois idosos colocando fogo na casa deles e deixando os corpos carbonizados no local. Além disso, esfaqueou 11 vezes a filha das primeiras vítimas, mas ela fugiu e sobreviveu. O companheiro da mulher foi morto a facadas e seu filho chegou a ser atingido por seis facadas, mas entrou em luta corporal com o réu e também sobreviveu. Uma mulher que estava em uma das residências fugiu pela mata na companhia dos filhos pequenos.
Antes de deixar o local, o condenado ainda ateou fogo em outra casa.
O caso teve atuação do promotor Fernando Pinho Chiozzotto.
